Poucas são as pessoas que conhecem esta minha faceta: tenho sonhos muito estranhos. E quando digo poucas pessoas, refiro-me a uma mão cheia ou até menos, porque ninguém mais tem paciência para as minhas loucuras. No entanto, apesar de poder parecer que cada um destes sonhos é um pesadelo, na realidade significam que tive uma óptima noite de sono, descansadinha da vida, porque se não sonho é porque não dormi lá grande coisa.
O sonho desta última noite foi o seguinte (enquanto servia de banquete a mosquitos):
Apercebi-me que me ia casar pelo facto de estar na sacristia da igreja, onde me estava a vestir. Se parece estranho... não é, porque piora. Vejo os convidados a entrar, todos bem vestidos, mas não conheço ninguém - penso que serão da família do noivo, que também não sabia quem seria! Eis que chega o noivo (que por acaso era um ex-namorado), todo ele apressado, vestido de calça branca e camisa aberta até meio do peito, em tons de verde claro, amarelo e branco - soberbo! Eu fiquei espantada com semelhante figurinha, mas já que era para dar um ar havaiano, bora lá entrar na onda! Então retirei uma camada do vestido e fiquei com o mesmo, mas com um padrão folhado em tons de laranja, branco e amarelo - do best! Preocupação: na sacristia não havia cabeleireira nem espelho para me maquilhar! Não interessou, passei a escova pelo cabelo, a maquilhagem do dia-a-dia e toca a andar para a festa! Nem sei bem porquê! Afinal não era propriamente com aquele que pretendia dar o nó, mas não se consegue fazer nada contra o livre pensamento durante um sonho.
Ao subir ao altar pelo braço do meu pai, qual marcha nupcial, qual quê! A música que tocava e passava nos LCDs espalhados pelas paredes da igreja com imagens do inferno e do diabo, era nem mais nem menos do que "Highway to Hell" dos AC/DC!!! Mas quando chego perto do noivo reparei que ele tinha os pêlos do peito esquisitos, perguntei-lhe o que se tinha passado e ele explicou que tinha tentado tirar com cera, mas como doía muito desistiu, deixando aquele belo serviço. E nisto, acordo.
Agora digam-me lá: isto é normal?!
