Já se deviam estar a questionar onde andava eu... Pois bem, o motivo pelo qual não dei notícias mais cedo tem a ver com algo nobre, de valor, daquelas boas acções que dão sentido à vida! Já não me questiono sobre o porque nasci, ou o que faço aqui, qual o meu propósito na vida, porque agora eu sei, agora já está, já cumpri a minha missão... Salvei o mundo dos Goos!
Jogos para pc: não alinho... O facto de usar os comandos de um jogo como um pugilista usa o seu saquinho de areia devido à minha completa falta de destreza motora, não ajudava a apreciar os ditos jogos. A minha filosofia em relação ao assunto era a seguinte: usar todos os comandos ao mesmo tempo, dar-lhe com toda a alma do meu ser e esperar... E esperar por três coisas: que funcionasse, que o meu adversário conseguisse - embora seja difícil - ser um bocadinho mais tropego das mãos do que eu, ou que qualquer avaria técnica me desse a vantagem.
Playstation para mim funcionaria (caso tivesse paciência para aquilo) assim como a velha versão do novo must anti-stress de partir pratos contra uma parede - arrear naquilo como se não houvesse amanhã. Ainda consigo alinhar na onda do Tetris, mas mais do que isso seria esperar demasiado de mim.
Até que conheci os Goos. Digam lá se não são queridos! Digam se não merecem ter uma oportunidade neste mundo cruel! Tinha que os salvar...
Com gráficos coloridos e apelativos, onde os efeitos especiais são uma constante, tendo uma banda sonora que só me fazia lembrar um qualquer filme do Tim Burton, este fabuloso e viciante jogo para pc deixou-me afectada psicologicamente, mas no bom sentido (todo o bom sentido conseguido retirar de um vício por um jogo para pc, claro). E ao fim de vários níveis, com sucessivos espantos devidos à fantástica concepção do jogo, consegui salvar o mundo dos Goos de destruição eminente! Sinto-me uma autêntica heroína...
Mas não pensem que é fácil! É um jogo que preza a inteligência e a destreza motora é remetida para segundo plano, se bem que facilita a evolução do jogo. Mas eu consegui! Venci o meu medo de falhar, viciei-me, já sonhei com as construções de bolinhas gelatinosas e coloridas, fui até ao fim e dei a estas fofinhas criaturas uma segunda oportunidade de sobrevivência.
Valeu a pena...
