domingo, 4 de abril de 2010

Ai ai, sr. Connery...

Olá! Saudades? Pois é... Mas agora vai ficar tudo bem... ou não!
Estava eu praticamente a subumbir a um dia de Páscoa que até estava a correr bem, quando tive que me deitar e esquecer a existência de comida no mundo. Ultimamente não nos temos dado bem, mas isso são outros assuntos... Bem vistas as coisas, até não foi mau, pois a tarde é a altura do dia mais produtiva para mim, estando a imaginação ao rubro. E quereis saber o que sonhei, quereis? E sei perfeitamente onde fui buscar todos estes ingredientes, mas não vou contar, senão perde a piada... Ah ah ah!

Recordo-me de estar numa casa sem tecto, com um lindo céu nocturno estrelado por cima. Ajoelho-me numa cama enorme para ajudar a cobrir um idoso que ali estava deitado de lado, pesado, sem se mover. Deito o lençol por cima dele, mas quando vou levantar o cobertor, ele agarra-me pela cintura. Logo eu digo: "Sr. Connery, está mal de verdade ou quer ficar?", se soou a ameaça, era para soar. Responde ele: "Tu é que podias ser minha filha. Tenho duas aves-raras que nem me vêm ver." Depois já estavamos em frente a um espelho enorme onde ele diz: "Vês? Perfeito...". Ao lado, o seu assistente indiano observa tudo sem falar.

Mais tarde estou a viver numa Ford Transit antiga, branca, toda eu vestida com um sari manhoso. Ao meu lado está um embrulho cor de açafrão com o meu bem mais precioso: um bebé. Não me recordo como aconteceu, quando nasceu, quem era o pai, mas seguindo o raciocínio do sonho, estava-se mesmo a ver... Vejo várias jovens a descer a rua e ouço música tocada ao vivo... As bandas que eu queria ter visto no Rock in Rio já actuavam. Olho para o relógio: 17.30h. Como a minha vida tinha mudado! E não seria necessariamente uma mudança má, soubesse eu onde andava o pai da criança! Uma indiana vem buscar-me para me levar para o posto de venda na feira, onde vários indianos vendiam fruta e legumes. Pelo caminho passamos por dois indianos que falavam: "Estas ocidentais estão cada vez mais parecidas com as indianas". Não liguei, apertei mais o precioso embrulho contra o peito e fui sentar-me onde me mostravam: num banco de madeira, onde descansaria enquanto não aparecesse algum cliente a quem teria que vender tomate-cereja ainda meio verde.

E acordei.