quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mochilas e outros materiais voadores

Para que servem as mochilas escolares? Toda a gente parece concordar que as mochilas escolares servem para transportar material escolar (livros, cadernos, estojo...) às costas, de forma confortavel para a coluna. No entanto, ninguém conhece a vida secreta destes objectos...
Pois que me deparei, recentemente, com materiais voadores, sendo estes livros, cadernos, estojos e até uma mochila!
Crianças, alunos deste país:
Quando há problemas entre vós, em vez de darem corda aos motores do material escolar (que custou bom dinheirinho aos papás), que tal... não sei!, pode ser uma ideia parva, mas talvez tentar resolver com um intermediário? O professor da turma parece-me bem... Ah, e não vale dizer: ah e tal, já tinha tocado para a saída! Não cola. Continuam dentro da sala de aula, que por acaso até é dentro do recinto escolar, logo, há hierarquias a respeitar e regras catitas para que todo esse bonito sistema não caia em desgraceira. Ah, e caso não dominem a língua portuguesa, se calhar é bom arranjarem alguém que faça a tradução! Ok?
Estamos entendidos?
Pronto, ainda bem. Pareceu-me que hoje já estava tudo um bocadinho mais calmo. Foi bonito.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Green gift

Ok, não é bem uma ferida green, mas foi feita na noite do concerto dos Green Day! Deve contar para alguma coisa, não?
Ora bem, questionam-se vocês como fiz eu isto... Ou não questionam, eu é que gosto de contar.
Portanto, cruzei-me com um senhor nas portas do metro! Não foi propriamente das do comboio, porque aí sim, ficaria sem bracinho, mas daquelas da entrada da estação! Não é que aquela porta dava para os dois lados? A bela da porta dúbia? Depois do primeiro constrangimento, lá deixei passar o senhor, mas a porta quis fechar em cima de mim, atingindo-me o dedo, praticamente decepando-o da minha mãozinha... A esta hora estaria eu incapacitada para o resto da vida, ganhando uma reforma mínima por causa da idade e dos poucos descontos! Tudo por causa de uma porta do metro!!! Ou então aquilo só começou a doer quando arrefeceu e ardeu um bocadinho quando finalmente consegui lavar a ferida...
E não, não ficou roxo, preto e caiu. Ainda aqui está. Ainda mexe, mas ainda dói se apertar com força!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

AAAARRRRGH!...



De facto, há pessoas parecidas no mundo! Todos devemos ter um ou outro sósia por aí perdido por este planeta fora, só que geralmente as parecenças são entre o mesmo sexo! Ora, eu não imagino um moço do Suriname ou da Patagónia ter esta fronha que Deus me deu... Não imagino.
Mas acreditem, isso parece poder acontecer!
Estão a ver este senhor francês aqui ao lado? É o senhor Gerard Depardieu versão mais novo. Porque escolhi esta versão? Porque estava de cabelo mais longo e loiro. Agora o motivo do meu sustinho ao aperceber-me da parecença que aqui trago: este senhor, versão mais novo, tem uma versão mulher, mais velha, que por acaso é minha colega de trabalho! Confuso? Eu explico de outra forma: eu tenho uma colega que é a tromba chapada deste senhor da foto! O que, em todo o caso, não é nada abonatório para ela... Ou para ele?! Não sei precisar... É esquisito...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vai mais um sonho? Vamos lá então...

Eu tenho sonhos estranhos, é sabido, mas este foi um sonho a roçar o pesadelo.
Pois que estava eu num bar, sozinha, algures, ouvindo música de Linkin Park, vendo que o vocalista da mesma banda andava por ali a cirandar como eu. Achei giro - bar bem frequentado e tal... Então decido ir embora porque estava com pressa para fazer qualquer coisa importante, se bem que não saiba bem o quê. Ao subir as escadas do bar, dois lanços de escadas feitas em troncos de madeira espetados na parede, sinto que estou a ser seguida por um tipo, bem jeitoso por sinal! Vou então em direcção à rua para tentar apanhar um táxi. Eis então que o jovem jeitoso me aborda:
- Olá. Já vais? Posso convidar-te para um café?
Ao que eu, moça de boas famílias, respondo:
- Oh, hoje não dá. Estou com um pouco de pressa.
Surge então um táxi, um táxi limousine que pára com a porta mesmo à minha frente. Abro, sento-me e reparo no interior: cerca de cinco outras pessoas (de idades entradotas) encontravam-se já sentadas em bancos espalhados em todas as direcções e uma taxista. Bem, esta taxista não era totalmente vulgar... Fardada de marinheira, toda de branco e dourado (mais velha que a da imagem, confesso que não arranjei melhor), de sorriso no rosto e olhar carinhoso, vira-se para trás.
Neste momento a realidade atinge-me com toda a força! Fico indignadíssima, chateada até mais não, apenas pelo facto de não ter sido avisada do acontecimento.
- Eu estou morta, não estou?! Eu morri ali, não foi?! Eu sabia... Estou mesmo morta, não estou? - perguntava eu numa atitude indignadíssima, não triste nem desesperada, apenas indignada - Foi ali, não foi?
E lá responde a taxista para o outro mundo:
- Sim, estás.
Fico sem perceber como tal havia acontecido, pelo que lhe pergunto:
- E como? Eu não senti nada!!!... Fui tomar café com ele, não fui? - apensar de saber que não tinha ido, ou de não ter qualquer recordação disso.
- Foste. Tomaram café e depois ele beijou-te. Aí, morreste.
Nisto, acordo com suores, cheia de calor e a pensar: mas que raio? Quer dizer, sei que estou morta e a única coisa que sinto é indignação por não ter sido avisada? Sim, porque eu sou uma mulher ocupada, de agenda cheia!
Ah, ah, ah... É a única coisinha que posso acrescentar.

Eu e as bichezas parte XXXIV



Ok, voltei mais descansadinha. Comecemos, então.
Formigas. Sinto a crescer dentro de mim um súbito arrepio incontrolável. Formigas na casa-de-banho. Olha o arrepio a subir... Formigas na cozinha. Pronto, já fui!
Se há coisinha que me irrita, me desorienta, me agonia e mói por dentro, são as formigas dentro de casa! Formigas no mato? Nada contra. Formigas na montanha? Aconselho. Formigas na moita? Recomendo. Agora, quando estas bichas se metem no mesmo espaço fechado que eu frequento, quando tentam utilizar o meu champô, o meu caríssimo champô, a minha pasta dos dentes ou a minha reserva de comida, eu transformo-me numa gigantesca arma biológica armada de um qualquer pulverizador intoxicante!
Ora, tenho só a dizer uma coisinha aos senhores fabricantes de ceninhas intoxicantes para formiguinhas: aquilo realmente funciona, sim senhor, dou-lhes os meu parabéns! Mas não dá para incluir um perfuminho francês lá pelo meio? É que eu quase me fiquei com as formigas... Já tinha visão em túnel, esperando o fim, até que cheguei com a mão à porta que, como quem conhece a casa-de-banho desta minha nova casinha, sabe que ainda são uns bons quinze metros! Vá, ou menos... Ok, são só 15 cm, pronto, não se fala mais nisso...

Ui, sou mesmo eu?!



Eh.............! Ena pá!.............. Uma pessoa passa uns tempinhos fora e é logo isto! Ele é aranhas, ele é teias, ele é pó... Olha estes posts antigos! Chiça!
Ora bem, vou então fazer uma limpeza à casa e volto já com novidades fresquinhas, certo? Certo...

terça-feira, 17 de março de 2009

Neighbours II

Mais uma vez as vizinhas. E mais uma vez a PSP. Mas desta vez trouxeram um novo elemento para o enredo: o INEM!

Era sábado de manhã e a preguiça comandava cada milímetro quadrado do meu corpo. Estava a ver um filme na cama, quando recebo um sms do meu colega de casa a perguntar se eu queria ver um filme. Pois que eu já estava a ver um! Deixei-me ficar, mas a curiosidade do que estaria ele a ver deixou-me curiosa. Seria na tv, DVD, ou algo mais?...

Era algo mais.

Vou à janela, onde ele estava todo debruçado para o exterior. E eis o que se tinha passado:
Lembram-se da história anterior das minhas vizinhas de baixo? Pois bem, desta vez a coisa chegou mesmo a vias de facto, pois a moça da cave “arreou forte e feio” na vizinha do 1º - segundo palavras do meu colega que assistiu a tudo ao vivo e a cores. Depois da senhora estar toda estendida no chão a queixar-se, a mais nova tenta escapar-se da cena do crime, não fosse a malta cigana do outro lado da rua ter-se apercebido da situação. Há uma delas mais nova que sai em debanda do prédio, atravessa a rua a correr em meias, com mais uma no seu encalço e apanham a minha vizinha mais nova e também lhe metem a mão em cima. Nisto, chega o marido da mais nova, as ciganas lá a largam e o casal refugia-se em casa à espera que passe, não sem antes a moça querer largar o seu “fófinho” rottweiler (que por acaso nunca vê gente, porque passa os dias num local exíguo, entre duas altas paredes), algo que o marido consegue evitar.

Entretanto, alguém chama a PSP e o INEM e nesta fase que eu venho à janela.
O que vejo parece retirado de um filme: todos os ciganos da área rodeiam a zona, de chinelos, meias, pantufas, descalços... Havia uma senhora vestida de toalha de mesa com um nó atrás das costas, outra com um bebé debaixo do braço todo pendurado e até malta nova com cervejas na mão (sempre se vê melhor um espectáculo com uma fresquinha na mão).
Tudo acabou com a PSP a conversar com os ciganos, o INEM a prestar auxílio à senhora dentro da ambulância e o casal ainda escondido em casa.

A PSP foi lá? Não.
A casa era longe? Não. A casa é, sem exagero, a uns quinze passos do local do crime.

E pronto, mais um fim-de-semana no paraíso!

sábado, 7 de março de 2009

Em casa...


Mais uma vez voltar a casa...
É bom, não há como negar, mas a mim provoca-me um efeito narcótico muito grande. Mal chego a casa, apetece-me dormir... muito. Como, e logo a seguir dá-me aquele soninho maroto; deito-me e só acordo quase à hora de jantar. Depois do jantar, cá estou eu a relatar mais este recanto da minha vida, mas já tenho uma vontadinha de fazer ronha algures!
É ou não é um efeito terrível? E amanhã lá volto a viajar! Pelo menos perde-se um pouco o efeito de sono a conduzir...

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Neighbours... trá lá lá laralá lá lá...


Neighbours,
Everybody needs good neighbours
With a little understanding
You can find the perfect blend
Neighbours...should be there for one another
That's when good neighbours become good friends...




Que bonito, que letra tão amistosa e catita... Quem não se lembra desta série australiana (se a memória não me falha)? Vizinhos que se auxiliam, sempre com uma palavra de conforto... Mesmo quando havia algum problema, a lei era dialogar... Tal e qual como na realidade!

Ou não.

Quarta-feira de Cinzas, dia de introspecção, pensar na nossa insignificância enquanto seres falíveis e mortais... não passamos de pó que voltaremos ao pó e tal... Estou em casa preparando-me para sair, quando ouço reboliço algures ali perto. Investiguei? Investiguei. Lá vou à janela feita cusca, pensando que o problema viria do bairro social em frente, mas não! Eis a surpresa, minha gente...: a confusão geral vinha mesmo do meu prédio, onde vizinha do rés-do-chão e vizinha da cave trocavam impropérios carinhosos como "filha da p#&a", que é extremamente fofinho, e outros mais que não consegui decifrar (não que andassem muito longe do anterior, concerteza). Achei tudo muito estranho. No entanto, vejo que os dignos vasos de ervas daninhas da senhora do rés-do-chão jaziam quebrados no chão, pelas escadas do terraço, com a terra toda espalhada. Ah!, então estava aí o cerne da questão. Não devia ser pelas lindas ervas daninhas, talvez, mas pelo nojo que ficou todo o espaço, sujo de ervas e cerâmica quebrada.
Então eis que a moça da cave se mune de telemóvel. Percebi imediatamente que a coisa ia meter polícia! Recolho-me em casa a acabar de me preparar para sair.
Então ouço a campainha da porta. Mas que catano?! Vou à varanda, já que não é ninguém na porta interior - ainda pensei que fosse uma delas a pedir uma foice ou uma rebarbadeira. Três jovens agentes da PSP vinham em nosso auxílio, pedindo para lhe abrirmos a porta ( nós, porque entretanto a vizinha do 1º também tinha ido à varanda, depois de ter chegado de uma viagem com os filhos menores). Lá fomos as duas abrir a porta aos senhores agentes. Ainda estive para dizer que estava a ter dificuldades para abrir um frasco de compota em casa e pedir ajuda, mas desisti quando nos mandaram logo para nossas respectivas casas ( e eu, tudo bem...).
O que se passou em seguida, não sei. Só posso falar dos momentos seguintes, quando tento sair de casa e vejo a porta de entrada do prédio barrada pela vizinha do rés-do-chão, estendida no chão, de pernas abertas com os caniches nojentos à volta dela e os agentes a tentar acalmar a mulher, rolando os olhos quando me viram, como quem diz "Deus, dai-nos paciência para aguentar isto" - e com razão! Lá fui à minha vida. Quando voltei, tudo estava calmo.

Mas hoje, ao sair de casa depois do almoço, reparo que a família da cave encontrou na rua o marido da vizinha do rés-do-chão. É o horror, o pânico, a tragédia!... Após uma troca de palavras que já não apanhei, só ouço a vizinha da cave chamar "corno manso" ao senhor, apesar de não me parecer que tenha sido tido nem achado naquela tempestade toda.

Com vizinhos assim, quem precisa do governo?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

E eis que a palavra é mencionada: GRIPE!

Há que dar o braço a torcer (mas com jeitinho para não magoar muito): a gripe é capaz de fazer com que nos sintamos outra vez criancinhas mimadas, com ganas de carinhos a toda a hora, quem tenha a paciência de atender aos nossos pedidos, nos aconchegue a roupa na cama... Basicamente, torna-nos uns inúteis!
Numa bela manhã de chuva torrencial, nevoeiro e frio, acordo como todos os dias para fazer algo de útil pela sociedade, mas nesse dia foi diferente: não me recordava de ter sido "passada a ferro" por uma manada de elefantes, mas a realidade é que sentia as dores do impacto! Como tal, olho para o despertador, o despertador olha para mim e não há química - as dores não param e aproxima-se a hora de ter que estar a sair de casa para trabalhar.
Rendida, magoada, dorida e arrepiada, lá comunico com uma colega, por sms, que nesse dia não poderia mexer-me do mesmo sítio, até as raízes começarem a incomodar os vizinhos de baixo. Enquanto escrevia o sms, esperava com todas as forças que o polegar não caísse...
Apesar de todas as dores e arrepios, não estava nem de longe nem de perto parecida com o senhor da imagem! Arrastava-me pela casa, tremia incontrolavelmente, mas não tinha febre. E eis que a maravilhosa cabeça de doente tem a magnífica ideia de me mandar ao Centro de Saúde.
Ah... o sistema nacional de saúde... esse clube onde só entra quem geme... muito!
Mal entro, dou de caras com uma senhora por detrás de um vidro com uma minúscula abertura para comunicação, falando alegremente com alguém na parte escondida do gabinete, não olhando sequer para mim. Ok, não sou nenhum escadote, mas também não sou nenhuma lesma rastejante (embora me sentisse como tal), nos meus altos 170 centímetros sinto-me completamente invisível ali. Apoiar-me no balcão era doloroso; o barulho dos outros pacientes era incomodativo; a Júlia Pinheiro na televisão era um atentado à minha sanidade mental e, quando finalmente a senhora descobre que a luz já não entra no salão com tanta intensidade (talvez por alguém - EU - estar a fazer-lhe sombra) e olha para mim, dou de caras com uma sobrancelha que não parava quieta... Sabem quando descobrem algum pormenor sobre alguém e já não conseguem desviar o olhar? Eu acho que aquela sobrancelha estava a comunicar comigo por código MORSE! Pena eu nunca ter aprendido... Será que me estava a avisar? Diria para fugir dali a sete pés?!
Depois de passar o teste da sobrancelha sem rir, lá me sento naquelas cadeiras "confortáveis", principalmente para alguém a quem sentar e estar parada na mesma posição significava o mesmo que correr 30kms, saltar à corda durante 2 horas, fazer 260 piscinas olímpicas e ouvir discursos políticos durante 5 horas, tudo de seguida! Mas pronto, afinal foi só um bocadinho até me chamarem para o rastreio.
E lá me anilham com uma pulseira verde, qual pombo-correio!
A tortura seguinte já roçou o sadismo: uma hora e vinte minutos de espera! E eu, coitadinha, na cadeira sentada, encolhida, arrepiada e dorida. Tic-tac, tic-tac...
Mas pronto, lá apanhei um senhor doutor espanhol que compreendeu o meu sofrimento, a minha dor e angústia, talvez por ter passado todas as férias de Natal e Ano Novo em casa com os meus sintomas. E, apesar de eu negar muitos dos sintomas que ele me ia questionando, concluiu que, mesmo assim, a minha sentença era GRIPE, ainda por cima de uma estirpe maléfica que enganava tudo e todos com os sintomas manhosos. De facto, quando parece que já estou a melhorar consideravelmente, eis que voltam as dores e os arrepios.

Foi mais uma aventura na minha vida!