terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Prenda antecipada!...


Foi com muita "felicidade" que recebi um telefonema da minha mãe, ainda há bocadinho, dando-me conta da prenda antecipada que teria que dar à TMN... Então não é que estando eu perto de Espanha (tipo é já ali...), pago roaming como se estivesse lá? Sim, às vezes apanho a Movistar, o que me faz receber estes postalinhos de boas festas da TMN! E eu a queixar-me que pagava muito da Internet... pois olha! Desta vez calhou-me mais de 170 euros de Jackpot, que vou protestar junto da mesma entidade.
Amigos das telecomunicações, nomeadamente TMN, secção placas de internet portáteis: Aqui vai um mapa da Península Ibérica. Sendo que eu fico do lado de cá, do castanhinho, a menina não vai pagar como se estivesse do lado de lá - é que nem pensar! Temos muita pena, mas vão arranjar dinheiro para as férias de Natal nos trópicos a outros bolsos, que os meus só têm migalhas de bolacha maria e formigas...
Mais uma vez, Feliz Natal a todos, menos aos senhores da TMN que são maus para mim!

Ai, o Natal...

Quem não gosta de acordar às 8.50h da manhã, depois de se ter deitado às 7.30h, com belas músicas de Natal, em espanhol e com palminhas à mistura? Que bonito... Pois, de facto, não se pode dizer que tenha apreciado com muito fervor... É que para além dos espanhóis terem aquele tipo de voz de quem fala com algodão metido das narinas até à faringe, as palminhas vinham a acompanhar que nem ginjas! Acredito que a música fosse muito bonita, daquelas que parecem cantadas por anjos, que chegam aos ouvidos do Senhor e lhe amolecem o coração, mas o meu coração ficou a detestar um bocadinho mais esta fase de introdução à época natalícia!
Reparem, não haveria razão para detestar musiquinhas de Natal! Nos outros anos até acho uma certa piada, a músicas com coros afinadinhos e banda sonora daquelas de incentivar a gastar dinheiro e dar prendas a toda a gente... Mas este ano, desde há duas semanas ou mais (até omiti o tempo certo da minha mente), tenho vindo a ouvir musiquinhas de Natal desde as 9h da manhã até sabe Deus que horas da noite! Acham normal?! É que onde habito agora, as colunas emitem ruído mágico de Natal durante todo o santo dia! E sabem com que música fenomenal acordei há dois dias? A música de Natal dos Patinhos!!!
SOCORRO!!!
Um Feliz Natal para todos...

terça-feira, 27 de novembro de 2007

'Tou tão confuuuusa!...


Situem-me... Portanto, eu sou portuguesa (com muito orgulho), nascida, criada e vivida por cá. Hum... Não me lembro de ter comprado qualquer bilhete de avião para o estrangeiro, nem me lembro de ter viajado para o México ultimamente...
Então porque raio é que eu chego a casa, depois de um dia de trabalho seguido de uma reunião, ligo a televisão e dou de caras com algo estranho parecido com a televisão mexicana (ou como eu a imagino)?! Mas em português!
O concurso da SIC "Quem Quer Ganha" deixou-me baralhada por momentos. Mas depois vi o apresentador José Figueiras e já fiquei mais descansada... vá, pelo menos a minha televisão apanha outro canal europeu - tirolês, logo austríaco, mas europeu.
E fiquei mais descansadinha.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Sonhos... II


O sonho desta noite não teve nada de especial, mas para alguns talvez possa dizer mais do que para outros!
Digamos que ontem à noite estive a ver um filme com a senhora dona Angelina "És O Cão Da Malta", em que esta interpretava uma personagem agente do FBI. Não sei a que horas acabou o filme, mas estive de pedra e cal a vê-lo até ao fim. Não era especialmente perturbador... nada, até gostei bastante do final, o que deu origem a este fantástico (ou não) sonho que passo a relatar.
Então lá andava eu a estudar na Universidade de Quantico, uma universidade perfeitamente normal, sendo que um dos cursos era para a carreira de agente do FBI. Mas não era o meu curso, aliás, não me lembro o que fazia lá. Quando vou a passar à frente da porta de uma garagem situada nas caves do campus, reparo num forgão enorme, branco, conduzido por uma idosa mesmo muito idosa. Aquilo pareceu-me suspeito, mas como não era a minha especialidade, fui avisar um agente do FBI, que por acaso até era meu pai e segui-o nas suas investigações. Ao passar por um caminho do campus, meio escondido, há um símbolo desenhado no chão a giz, para o qual o agente chama a atenção e exemplifica a sua utilidade: passa o pé pelo símbolo e este transforma-se num portal do tempo, estilo Stargate, só que no chão. Aquilo pareceu-me o máximo! Então, durante a conversa a explicar aquele sistema de portais, o agente descuida-se e cai dentro do buraco. Quando espreitei, surpresa das surpresas, o buraco não era portal nenhum, era apenas um buraco normal daqueles do esgoto, só que cheio de cerveja! Nesse momento aparece um ajudante do agente para me ajudar a tirá-lo de lá para fora. Engraçado como nos sonhos há sempre solução para tudo...
E pronto! Quantico, portais do espaço e esgotos repletos de cerveja... Deve haver alguma explicação.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Sonhos... I


Não sei se algum dia já vos falei da minha tendência para ter sonhos parvos. Não são bem parvos, vá... são estranhos, e estúpidos... e extremamente fáceis de relacionar com alguém com graves problemas psíquicos. Em todo o caso, sou uma pessoa perfeitamente normal na maioria das vezes.
Gostaria de vos contar o meu sonho da noite passada. A partir daí, logo poderão tirar as vossas conclusões. E já agora, se alguém capaz de descodificar isto quiser fazê-lo, força! Este será o primeiro atentado à vossa sanidade mental através dos meus sonhos. Peço, desde já, as minhas sinceras desculpas.

Hoje acordei muito bem disposta. Não adormeci depois do despertador tocar, nem fiquei na pasmaceira. Mas após aqueles momentos iniciais a pensar o que iria vestir hoje, lembrei-me repentinamente do que tinha sonhado! Não contive a risada. Como posso ter acordado bem disposta após este sonho? É que quando tenho este tipo de sonhos, é quando acordo mais bem disposta!
Lembro-me, agora que já é noite e após um dia de trabalho, que vi ou tomei conhecimento que uma amiga (que não faço a mínima ideia quem seja) se teria suicidado por enforcamento. Acho que fui buscar uma imagem do CSI para formar a imagem mental, mesmo dentro do sonho. Imaginei-a a atar uma corda a um corrimão, passar o nó pelo pescoço, saltar para o outro lado e ficar ali pendurada a espernear tipo pêndulo. Recordo o aspecto da rapariga: vestido branco ou pérola de Verão em renda fina, de fita de cetim a acabar com um laço à cinta, cabelo claro e longo, de figura esguia. Sei que a conhecia no sonho, mas não sei quem é a moça suicida.
Mas tudo podia ficar por aqui, não? É claro que não... a minha mente tinha que conseguir piorar a situação... Então não é que a partir daquele momento, a dita moça não passa a aparecer à minha frente e de outras pessoas, na sua figura fantasmagórica? Mas piora... É que não aparece a figura do corpo todo, isso seria "normal"! Aparece apenas a cabeça! Assim, por ali a deambular!... Qual a explicação científica, perguntam?: Pois que, como se tinha enforcado, a corda fez com que o resto do corpo desaparecesse! Nada contra!...

Já tenho medo da noite de hoje!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Fisionomias

Não sou uma pessoa que vê as pessoas através da sua fisionomia. No entanto, não sei se também vos acontece, parece que há pessoas muito parecidas com outras pessoas... ou animais... O que vos trago hoje, sem imagens, a cru, é apenas uma curiosidade.

Talvez tenham recebido através de email, há alguns tempos atrás, a imagem de uma senhora camponesa no meio de uma vinha, cara chapada do Papa Bento XVI... eu recebi e concerteza que vocês também. Pois que agora acontece-me a mim algo parecido! Parecido... bem!, igual! É que descobri que tenho uma aluna que é fotocópia do saudoso Papa João Paulo II! Acham normal?! Quase me ajoelhei a pedir a benção!
A primeira vez que a senhora me apareceu à frente, foi durante cinco minutos e fiquei com a nítida sensação de que já conhecia aquela cara de algum lado. Mas agora que me apareceu à frente de chapéu... toda ela curvada, de bata, poucos cabelos brancos à mostra, cara branca e larga, nariz igual, olhos muitíssimo azuis, pequenos e rasgados, lábios super finos... alguns pêlos na cara, confesso (o Papa barbeava-se melhor!), fiquei de cara à banda!

Vamos lá ver a situação dos vários ângulos:
- não consigo olhar para a senhora sem fixar os pêlos e quase contá-los, hipnotizada;
- não deixo de pensar o quão parecida ela é com o Papa;
- tenho medo de me enganar no nome;
- receio tratá-a por senhor;
- tenho medo que o cão que a persegue me morda;
- estarei eu mais abençoada?;
- porque é que aquela sala tem tantas moscas?!;
- terei sonhado ou a enfermeira que me meteu a soro cantava a música da Popota pelos corredores do Centro de Saúde?;
- já parava de divagar, não?

E basicamente são estas dúvidas que assomam a minha mente de momento.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Gwen Stefani ou Popota?


Quem ainda não viu o novo anúncio do Modelo em que uma coradinha hipopótama radical anima as hostes com um descarado plágio de uma música de Gwen Stefani? Eu já vi... demasiadas vezes.

Já não há inspiração para novos jingles?

Se eu fosse a dona Gwen, exigia abastecimentos da despensa de tudo do bom e do melhor, pelo menos duas vezes por semana! Sim, porque a vida está cara e a tinta para descolorar o cabelo nem se fala!
E não vive ela em Portugal, onde os artistas, mesmo sendo uns bons artistas, são tão mal pagos. Ou funcionária pública, obtendo aumentos quando o rei faz anos, de apenas o suficiente para meio ovo cru. Sem sal!

Mas está muito catita, a hipopótama, toda ela cheia de glamour e engraçados movimentos de anca. Parabéns aos criadores. Já estava farta da avestruz Leopoldina do Continente, essa "pescoçola" vestida estilo safari... para quê? Caçar avestruzes ou para guia do Badoca Park? Assustadora. Já tinha dito que não gosto de aves? Especialmente grandes... e a Leopoldina é enorme!
Não gosto de aves por causa dos bicos delas. Não tem a ver com o "Pássaros" do Hitchcock, embora me tenha causado alguns calafrios de impressão, mas porque um tio, quando eu era mais pequena, resolveu enganar-me. O que as crianças sofrem nas mãos dos adultos! Abriu o bico de um galo e disse que ele não iria magoar, que era só para eu fazer festinha na língua. E eu caí. Eu meti o dedo onde não era chamada... e largou o bico e fiquei com o dedo preso. E sim, doeu. Muito.
Hoje em dia fujo se pássaros vêm na minha direcção. Não desato a correr a sacudir os cabelos e aos berros, mas desloco-me com o ar mais calmo possível para uma "bird free zone".

Moral da história: Prefiro a Popota, mas não a deixem muito tempo fora de água, não? Diz que os hipopótamos gostam de charcos.

S's


Ontem estava eu toda entretida a ver um filme em que o protagonista era o digníssimo Sean Connery, quando a sua pronúncia escocesa começou a martelar-me no tambor do ouvido. Não digo que me estivesse a incomodar (cruz credo!, se algum dia isso acontecesse, não seria eu)! Só que estando eu onde estou, basicamente as pronúncias são assim... algo que me afecta. Daí andar tão atenta à forma como as pessoas falam.
Pois então que me debrucei sobre o seguinte tema: e se o senhor fosse português? Ou russo? É que tanto uma língua como outra são ricas em sons S! Não sei se alguém já tinha reparado nisso... Quando tive dois alunos russos, apercebi-me de que, quando falavam baixo, não conseguia perceber que língua falavam.
E então foi isto... hum... Ok. Queiram desculpar, mas os ares espanhóis já começam a afectar-me...

domingo, 11 de novembro de 2007

A doninha

Pois que sou uma pessoa que assiste a boletins noticiários, "big surprise"! Às vezes até salto pelos vários canais, não sei porquê, talvez devido a algum distúrbio mental...

No entanto, ontem mantive-me um pouco pelo Canal 1, uma vez que o outro estava no intervalo, e dei de caras com a "sinhora" dona jornalista Judite de Sousa. Deixei-me ficar a ver, sorrindo por dentro ao ouvir aquele delicado devaneio no falar, imitando a Maria Rueff imitando-a, quando surge a notícia de um concerto dos Da Weasel com participação especial do Gato Fedorento. Ok, tudo bem, dá para perceber a ideia. Só que a "sodona" Judite não disse Da Weasel! Não contente com a primeira barda, mandou por duas vezes um sonoro Da "Visel"... Não conheço estes, de facto... Se calhar são bons! Devem ser alemães, pelo nome, não sei... Mas eram extremamente parecidos com os nossos piquenos! Seriam uma imitação de feira de Carcavelos? É possivel...

A jornalista é uma boa jornalista. Fala esquisito, mas isso torna-se secundário. Não havia necessidade de tão grande patinagem...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Tudo eu!

Devem pensar que eu sou uma exagerada do catano, que invento à grande e que devo saltar algumas horas do relógio, mas o facto real e incontornável é que tudo me acontece! Leiam lá a última! Eu não queria falar disso, mas já que surgiu em conversa, deixo aqui o "depoimento" de uma vez só.

Neste último domingo resolvi ir dar uma volta, fazer umas últimas compras necessárias de mercearia - pormenores sem importância aparente, mas que fazem parte da história.

Ao chegar, estaciono o carro, pego no saco de plástico, no térmico e no balde do lixo cheio de compras lá dentro. Pego em tudo, carteira ao ombro, óculos de sol e a fazer equilíbrio nos saltos altos no meio da calçada portuguesa cheia de falhas entre pedras, e caminho em direcção ao prédio. Devem estar a imaginar a minha cara de felicidade com a situação, não? O meu ar jovial de cabelos ao vento e flashes dos papparazzi, claro. Pois alguém achou isso.

Ao chegar às escadas do prédio e antes de eu sequer ter visto a criatura, um homenzinho de aspecto coitadinho, fumando o seu cigarro, achou que me estava a divertir imenso com a situação e, não feliz, a gozar com a cara dele. Sim, eu e o meu sorriso de orelha a orelha, compras nas mãos, saltos altos nos buracos... E eis que o ouço dizer: "'Tás-te a rir?! Olha que... (ininteligível)... 'Tás-te a rir?" Claro, eu a rir-me a bandeiras despregadas! Ui, toda eu em convulsões histéricas!

Escusado será dizer que passei pelo ork sem abrir a boca nem olhar para ele, pois a triste criaturinha não me pareceu jogar com o baralho todo. Leve caso de esquizofrenia? Não sou clínica, mas desconfio.

Indignação



Eu não queria ter que usar esta palavra, mas correndo o risco de a plagiar do tão querido RAP, vai ter que ser. Reparem que até escolhi uma imagem toda Zen para ver se aligeira um pouco a minha questão. Um, dois, três, quatro... Já estou mais calma.

O motivo de tamanha indignação tem a ver com o novo álbum do artista Roberto Leal. Meu Deus, o que é aquilo?!... Acabei de ver a publicidade televisiva do mesmo. Ainda estou em estado de choque. Portanto, vamos lá ver se nos entendemos: o senhor vai agora cantar, com aquele seu sotaque meio coiso, música tradicional portuguesa. Eu sei que o estado da cultura nacional vai de mal a pior, mas nunca pensei que fosse legal fazer tal coisa!

A música tradicional portuguesa tem autênticas preciosidades. Não estou a utilizar qualquer ironia. Gosto imenso de música mirandesa e afins, quando interpretadas por pessoas da terra, conhecedoras das suas raízes, ou pelo menos, por intérpretes portugueses que falam com o nosso sotaque puro! Lembro-me do magnífico trabalho da Né Ladeiras. Falo da Né Ladeiras, pois uma das músicas do malfadado álbum já foi fantasticamente interpretado por ela e, vá, fica ligeiramente diferente...

Não tenho nada pessoal contra o senhor, nunca me fez mal, a não ser agora! A minha sensibilidade musical não me deixou calar nesta hora difícil. Deve trabalhar com excelentes músicos e isso tudo, mas aquele sotaquezinho não me convence!

domingo, 4 de novembro de 2007

Estranha forma de acordar...


"Estranha forma de acordar
Que é estar pronto pra dormir
Abre a porta e vê se o mundo ainda é teu...", já diziam os Ornatos Violeta, uma das minhas bandas preferidas de todo o sempre! Só ainda não sabia que tinham feito esta música para mim!
Analisemos:

"Estranha forma de acordar" Hoje, Domingo, precisamente às 8.15h da manhã, ouço na rua um burburinho tal, que parecia o fim do mundo! Deixo-me estar na cama, adormecendo e acordando devido ao barulho, tal como diz o verso "Que é estar pronto pra dormir". Às 9h não aguentei a curiosidade e abri a janela. Um conselho: quando acharem que devem abrir a janela para ver o que se passa lá fora, não abram. Vá, contem até dez para a curiosidade passar. Se não passar, tomem um comprimido para dormir.
Eu abri a janela, aliás, as janelas. E que vejo eu? Qual o motivo de tal balbúrdia matinal? Naturalmente, todo o país resolveu juntar-se debaixo das minhas janelas, vestindo fato-de-treino, tendo nas mãos uma fatia de bolinho e um cafezinho em copo de plástico! Acreditem, eu estava MESMO acordada. Na maioria idosos, de boné e t-shirts das mais diversas localidades algarvias, lá estavam eles, conversando animadamente, bem acordadinhos, prontinhos para a acção, seja ela qual for.
Não contente, abri a porta, tentando perceber se daquele lado conseguia perceber melhor o que se passava! E lá vem uma vez mais a música "Abre a porta e vê se o mundo ainda é teu", mas o mundo já não era meu, nem sequer das pessoas de cá! O mundo é deles... daqueles idosos atléticos que me acordaram nesta madrugada de Domingo...

É ou não para mim, a música?

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Aventura algarvia... por estas estradas!


Quem inventou o alcatrão merece um beijo na boca. Quem inventou as estradas de circulação rápida merece dois beijos na boca. Quem inventou as portagens merece ser bem amarrado numas masmorras bem escondidas onde pinga água nojenta e circulam ratazanas do tamanho de dogues alemães.

Agora mais calma...

Era manhã. O relógio de pulso marcava 10.12h quando o telemóvel tocou. Atendi. Alguém do outro lado disse, com voz simpática, que teria que atravessar todo o país, por estradas boas e outras estreitas com pouca estrada nos buracos, com curvas para a esquerda e direita em quantidade abundante, com poucas placas informativas, onde precipícios ameaçadores espreitam e existem ovelhas escaladoras. Ninguém me tira da cabeça que aquela ovelha sofre de distúrbios de personalidade!
Mas cheguei. E após uma viagem de seis horas cá estou, num sítio paradisíaco, sem shoppings, cinemas ou teatros, lojas de qualquer tipo e a quilómetros de qualquer espécie de civilização "per se"... Gostaria tanto de vir cá em visita!...
Obrigada D. Afonso Henriques e seus descendentes por não continuarem a andar à porrada com os senhores muçulmanos, assim sempre fica o país mais arranjadinho e eu não tenho hipóteses de ficar mais longe do que já estou!

Visualizem a imagem. Ali é onde estou. De onde foi tirada a fotografia é Espanha. Espero que o vento não sopre muito de lá!


segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Mea culpa


Hoje voltei ao local do crime. Sim, ao local do crime.
Quem olha para mim, moça de boas famílias, temente a Deus, pagadora dos seus impostos... amiga do seu amigo... hum... vá, e uma série de qualidades que não interessa referir, não vai nunca pensar que sou uma assassina! Há bocas abertas? Queixos caídos? Eu passo a explicar:

No passado mês de não sei quantos, ao dia de não sei quê e à hora tal, ia eu pela marginal do rio coiso, conduzindo sob um céu que parecia desabar, pela calçada de pedra calcária, quando sai um velho de jeep azul do estacionamento transversal. Um senhor idoso (vá, um velho!) decide sair de traseira sem olhar para os lados a ver quem lá vem. Devia estar à espera que a côr do seu veículo se visse num raio de 5 kms! Mas não via.
Portanto, o senhor sai e eu tenho que travar bruscamente, algo que não foi muito vantajoso, pois o carro deslizou descontroladamente pela pedra polida. O que é que uma pessoa de bem pensa nestas alturas?

"#$"&% e o camandro, mas que porra que agora não tenho dinheiro para o arranjo da minha lata, quanto mais as outras, ah e tal onde é que há algo fofo onde eu possa ir alegremente bater sem causar danos materiais a terceiros e principalmente a mim?"
Isto é o que se pensa numa fracção de milésimos de segundos. Como vinham carros de frente e o virar de volante não causava melhorias na minha trajectória, antes pelo contrário, vejo, a poucos metros de mim, o alvo escolhido, o alvo perfeito, aquele que iria salvar-me do fim.
E enquanto a minha vida passava diante dos meus olhos em molduras douradas, deslizei...

Faço agora uma sentida homenagem ao ser vivo que involuntariamente deu a vida por mim.

Era altivo, no meio dos seus camaradas, gozando a chuvinha amena, cálida e doce daquela tarde... Seu corpo preenchia toda uma paisagem natural, embora posta por um gentil humano ali para nosso deleite, meros transeuntes... Sua vida recheada de frescura, envolta em mistério, com toda uma vida pela frente! Quem sabe que grandes feitos não terão ficado por realizar? Quem sabe o que o destino não teria preparado para aquele pequeno mas grandioso ser?
Bucho, verde bucho, a ti devo a honra da minha conta bancária. Bucho, a ti devo a frente intacta (embora polvilhada pelas tuas folhas aqui e ali) do meu carro. A ti, bucho, riqueza, coisa mai linda, devo a forma tresloucada como saí do local do crime o mais depressa possível, antes que alguém visse aquela cena deplorável.

Sim, matei um bucho!!! Mea culpa! Mea culpa! E hoje voltei ao local do crime e vi-o, tombado no seu campo de batalha, no seu posto de vigília, fiel aos seus camaradas buchos ainda verdes, enquanto ele, pobre defunto castanho queimado pela fractura dorsal que afastou a sua pequena estrutura do seu pé enterrado no solo, ali jazia intacto, no mesmo local e nem uma lapidezinha a lembrar a sua honrabilidade!

Aqui me confesso.
Bucho, tás cá dentro!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Vida de desempregado...

Pois é...

Há dois tipos de pessoas: as que não gostam de trabalhar e as que gostam de trabalhar. Eu estou confortavelmente instalada no segundo grupo -- gosto de trabalhar e não tenho vergonha de o dizer!
Dentro do grupo onde me encontro, existem dois sub-grupos: os que gostam de trabalhar e, de facto, trabalham e os que gostam de trabalhar mas estão desempregados. Tenho tendência para me situar nos segundos grupos, não sei porquê!...
A vida nem sempre é fácil, mas para alguns é mais fácil do que para outros. De facto, para alguém que gosta de trabalhar, o facto de estar desempregado não facilita em nada a vidinha, antes pelo contrário.
Vejamos...
Uma pessoa "normal" levanta-se de manhã cedinho, toma o seu pequeno-almoço em casa ou algures, vai para o trabalho e, dependendo do trabalho, atura o patrão ou atura outra pessoa (ou pessoas) qualquer, sai à hora ou o trabalho entra pela noite dentro, chega a casa, atura o marido ou mulher e filhos, come qualquer coisa e deita-se para no dia seguinte voltar a fazer tudo de novo. Sendo solteira ou solteiro, chega a casa, mete qualquer coisa ultracongelada no micro-ondas e deita-se. Sim, porque não tem tempo para mais nada!
Agora, uma pessoa desempregada faz o quê?
Um pessoa desempregada levanta-se por volta da hora do almoço, come, vai à internet ver como param as vistas, ou sai para tomar café e ler o jornal. Se estiver mesmo à procura de trabalho, pesquisa o assunto, volta para casa, deita-se no sofá com o amigo inseparável saco-cama, pratica ginástica de polegar com o telecomando, adormece, acorda babado, levanta-se para jantar, sai para ver um filme (até o dinheiro para este luxo esgotar), volta para casa e deita-se!
Diferenças? Vá, algumas.
Onde é que eu fico no meio disto tudo? Hum... na parte do saco-cama, da ginástica, da internet e do cinema. Dizer mais do que isto, seria quase dar o código de acesso à minha conta bancária. Vendo bem, não haveria muito perigo de ficar pobre!!!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Colecta

Meus caros amigos,

Venho por este meio apelar à vossa imensa bondade, ao vosso puro coração cheio de carinho... Aceito donativos de caridade para comigo. Passo a explicar:

Pois que eu não ando a fazer nada da vida, por isso preciso relaxar do stress de não fazer nada. Até aqui toda a gente entende. Mas que fazer para descansar? Sauna? Shiatsu? Yoga? Dança folcrórica? Estudar para faquir? Não... viajar!!! Mas, como não possuo verbas para tal, venho assim, apelar ao vosso bom coração.

Destino: Escócia, pois claro.

Quantia-alvo: 1500 euros, porque já se sabe, a vida está cara e na Escócia nem se fala!

Para os interessados: Contactar-me através dos meios normais, estilo pombo-correio ou telégrafo. Não se aceita mensageiros montados, porque o estábulo foi desmontado.

Obrigada meus queridos!



quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A mulher que mordeu o cão


Este é o Gorky, o meu cão. Gorky, diz olá às pessoas.
Hoje o Gorky mordeu-me. Não se pode dizer que não estivesse a pedi-las, de facto... Gosto de o atacar e ele gosta de dar pequenas trincas onde quer que chegue com o focinho. Como vêem, é um cãozinho tipo porta-chaves, pequenino, maneirinho, dá para levar para todo o lado... um autêntico peluche! Mas não foi grave, foi só por cima de uma veia do pulso! Cãozinho feio, cãozinho mau!...
Como refere o título deste post, eu sou a verdadeira mulher que mordeu o cão. É verdade. Pode parecer ridículo, ou não... depende do ponto de vista.
Eu passo a contar a história: era uma vez um cãozinho pequenininho que se chamava Gorky e uma dona que gostava de se meter com ele. Um dia, no meio de tanto arreganhar de dente e espicaçar, o Gorky resolveu, vá, raspar a bela dentadura no braço da sua dona. A dona, não tendo achado piada nenhuma, vai ao pescoço do Gorky e pimba, aqui vai disto! Ao de leve, claro... Tendo ficado com a boca coberta de pêlo, e o Gorky muito espantado a olhar para ela como quem diz "Tás-te a passar ou quê?", a dona foi desinfectar a ferida.
NOTA: A dona tinha, de facto, as vacinas em dia, não tendo o animal em questão sofrido qualquer ferimento físico ou psicológico.

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Início do leilão... cerebral!

Queridos leitores,

Como podem reparar, este blog irá, basicamente, servir para espremer os vossos cérebros, se é que ainda resta algo para espremer...

Na imagem ao lado, exemplificado pelo nosso compincha Homer Simpson, encontra-se um cérebro relativamente catita e em primeira mão. A base de licitação é 0,01 euros.

Escrevam, mexam-se, lancem polémicas, licitem o cérebro que temos hoje em leilão! Mas participem...