quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Vai mais um sonho? Vamos lá então...

Eu tenho sonhos estranhos, é sabido, mas este foi um sonho a roçar o pesadelo.
Pois que estava eu num bar, sozinha, algures, ouvindo música de Linkin Park, vendo que o vocalista da mesma banda andava por ali a cirandar como eu. Achei giro - bar bem frequentado e tal... Então decido ir embora porque estava com pressa para fazer qualquer coisa importante, se bem que não saiba bem o quê. Ao subir as escadas do bar, dois lanços de escadas feitas em troncos de madeira espetados na parede, sinto que estou a ser seguida por um tipo, bem jeitoso por sinal! Vou então em direcção à rua para tentar apanhar um táxi. Eis então que o jovem jeitoso me aborda:
- Olá. Já vais? Posso convidar-te para um café?
Ao que eu, moça de boas famílias, respondo:
- Oh, hoje não dá. Estou com um pouco de pressa.
Surge então um táxi, um táxi limousine que pára com a porta mesmo à minha frente. Abro, sento-me e reparo no interior: cerca de cinco outras pessoas (de idades entradotas) encontravam-se já sentadas em bancos espalhados em todas as direcções e uma taxista. Bem, esta taxista não era totalmente vulgar... Fardada de marinheira, toda de branco e dourado (mais velha que a da imagem, confesso que não arranjei melhor), de sorriso no rosto e olhar carinhoso, vira-se para trás.
Neste momento a realidade atinge-me com toda a força! Fico indignadíssima, chateada até mais não, apenas pelo facto de não ter sido avisada do acontecimento.
- Eu estou morta, não estou?! Eu morri ali, não foi?! Eu sabia... Estou mesmo morta, não estou? - perguntava eu numa atitude indignadíssima, não triste nem desesperada, apenas indignada - Foi ali, não foi?
E lá responde a taxista para o outro mundo:
- Sim, estás.
Fico sem perceber como tal havia acontecido, pelo que lhe pergunto:
- E como? Eu não senti nada!!!... Fui tomar café com ele, não fui? - apensar de saber que não tinha ido, ou de não ter qualquer recordação disso.
- Foste. Tomaram café e depois ele beijou-te. Aí, morreste.
Nisto, acordo com suores, cheia de calor e a pensar: mas que raio? Quer dizer, sei que estou morta e a única coisa que sinto é indignação por não ter sido avisada? Sim, porque eu sou uma mulher ocupada, de agenda cheia!
Ah, ah, ah... É a única coisinha que posso acrescentar.

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