quarta-feira, 14 de maio de 2008

O pulo da Liberdade (título maciozinho...)



Eu peço imensa desculpa pela insistência no tema, mas é que realmente não abunda muita mais bicharada parva a meter-se à frente dos carros que frequento... A não ser aquele casal bem catita de perdizes atarantados em que, bem... lá ficou um viúvo ou uma viúva, não fui autopsiar. O facto é que tirando estas bichezas (mais o javali), não há assim mais nada que apontar nas nossas andanças. Mas esta é inédita! Nunca tinha visto tal e por isso decidi partilhar.
Estão a ver esta imagenzinha ao lado? Este belo exemplar de lebre (já apanhei maiores) todo esticadinho? Agora usem um pouco a imaginação, eu ajudo dando os pormenores:
- é noite escura, as árvores formam um túnel fantasmagórico;
- o carro vai rápido, derrapando nas areias soltas das últimas chuvas, o precipício aproxima-se a olhos vistos, mas nada de medo... tudo está controlado pela perícia do condutor (fora do volante é um demente, mas sabe o que faz com um volante e três pedais);
- após uma curva fechada, com máximos ligados, uma lebre no horizonte...;
- e a parva da lebre, assustada com a luz dá semelhante pulo no ar, toda esticadinha como um carapau e foge!
Acham normal? O demente ainda tentou açambarcar-lhe a vida do outro lado da estrada, mas já era tarde... A paragem seguinte foi na farmácia a comprar um Gorozan, para a azia.
NOTA FINAL: Nota positiva para o condutor, que mesmo em quinta a fundo de marcha atrás, conseguiu surpreender uma lebre.
Nota positiva também para a lebre pela sua boa atitude em relação à vida. Lebre, se me estás a ler, se te sentires deprimida por algum motivo, não fujas, a malta resolve-te os traumas.
Nota negativa para a pendura que ficou histérica com a reacção da "hare" abichanada.
NOTA DO CONDUTOR: e o demente sou eu! Ou a pendura que escreveu esta história...

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